## Você se sente desconectada de si mesma?
Quantas vezes você se anulou para agradar? Quantas vezes se sentiu culpada por se colocar em primeiro lugar?
A baixa autoestima se manifesta em silêncios, em escolhas que ferem nossa verdade e em relações onde nos perdemos de nós mesmas. Este espaço é um convite para retornar: ao seu corpo, à sua voz e ao valor que você tem por simplesmente existir.
O que é autoestima?
Autoestima é mais do que gostar da própria imagem. É sentir-se digna, suficiente e merecedora, mesmo com falhas, medos e dias difíceis. Envolve autoaceitação, autoconfiança e o reconhecimento da própria história com compaixão.
Uma autoestima saudável está ligada a quatro pilares:
- - Autoaceitação: reconhecer-se com luzes e sombras.
- Autoconfiança: acreditar na sua capacidade de agir no mundo.
- Pertencimento: sentir-se conectada a outras pessoas e à vida.
- Autovalor: perceber o próprio valor independentemente da validação externa.
Sinais de baixa autoestima
- - Medo de dizer "não" e desagradar
- Necessidade constante de aprovação
- Comparação com outras mulheres
- Dificuldade em receber elogios
- Voz interna crítica e sabotadora
- Dependência emocional
Como cultivar autoestima na prática?
A autoestima não nasce de frases prontas ou poses no espelho. Ela é construída dia após dia, nas pequenas escolhas que afirmam sua verdade:
- - Acolha suas emoções: escute sua raiva, tristeza e insegurança sem julgamento
- Estabeleça limites: dizer "não" também é uma forma de amor
- Celebre suas conquistas: da menor à maior
- Cerque-se de relações que te nutrem: coloque limites em pessoas tóxicas
- Reconecte-se com seu corpo: através do toque, da dança, do silêncio
- Busque apoio terapêutico quando sentir que não dá conta sozinha
Autoestima não é se sentir perfeita, é se sentir inteira.
O peso de ser 'boazinha': como isso destrói sua autoestima
A socialização que incentiva as mulheres a serem "boazinhas" e agradáveis está profundamente enraizada em normas culturais que esperam delas docilidade, empatia e uma disposição para colocar os outros em primeiro lugar. Desde a infância, as mulheres frequentemente são ensinadas a buscar aprovação e validação, seja evitando conflitos ou assumindo papéis de cuidadoras.
Esse comportamento leva muitas mulheres a uma despersonalização, pois aprendem a esconder partes autênticas de si para evitar rejeição ou críticas. Elas passam a desconectar-se de sua própria essência, negligenciando sentimentos, necessidades e desejos próprios para corresponder a expectativas externas.
Reconectar-se com a própria essência demanda um processo profundo de autoconhecimento e libertação das expectativas impostas pela sociedade, resgatando a identidade original.
Insegurança emocional: por que me sinto assim e como superar?
A sociedade, desde tempos imemoriais, tem se empenhado em construir um sistema que mantém as mulheres em um estado de insegurança constante. A mulher que conhece o seu valor é vista como uma ameaça, pois ela não se encaixa no padrão estabelecido.
Uma mulher que sabe quem é e o que merece, que estabelece limites saudáveis, exige respeito e reciprocidade, desafia as normas que sustentam um ciclo de manipulação e exploração.
É essencial que tomemos consciência de como somos condicionadas desde cedo a duvidar de nós mesmas e que comecemos a quebrar esse ciclo.
Autonomia e autoconhecimento: A base para relações saudáveis
A construção da autonomia e da individualidade é a base para uma vida emocionalmente saudável e para relacionamentos que não sejam pautados na carência ou na dependência afetiva.
Priorizar a própria carreira, desenvolver amizades saudáveis com outras mulheres e investir no autoconhecimento são passos essenciais para construir uma vida plena e independente.
O amor que desejamos e a relação que queremos começam com a forma como nos tratamos. Quando nos valorizamos e nos colocamos como protagonistas de nossa própria história, as conexões afetivas deixam de ser espaços de sufocamento e anulação para se tornarem encontros baseados no respeito, na reciprocidade e na verdadeira escolha.
Dependência financeira: Como a falta de autonomia aprisiona mulheres
A dependência financeira é um dos fatores mais silenciosos e cruéis que mantém mulheres presas a relações abusivas. Quando uma mulher não tem autonomia econômica, a liberdade de escolha se torna limitada.
Romper com esse ciclo exige uma compreensão profunda de como a violência psicológica opera de forma gradual e invisível. A construção da autonomia financeira é um passo fundamental nesse processo de libertação.
Sempre espero que ele mude, mas nunca me coloco como prioridade. Por quê?
Muitas mulheres vivem presas à espera de uma transformação que nunca vem. Elas justificam, acreditam, perdoam e dão novas chances, confiantes de que, em algum momento, o parceiro perceberá o valor do relacionamento e mudará.
Esperar pelo outro é uma forma de se abandonar. É apostar todas as fichas em alguém que nem sequer se comprometeu a jogar esse jogo. A grande virada não acontece quando ele finalmente muda – acontece quando você percebe que não precisa mais esperar.
O que vem depois da separação?
Tomar a decisão de sair de um relacionamento abusivo ou insatisfatório é um passo gigantesco em direção à sua liberdade. Mas e depois?
O primeiro passo é reconhecer que o processo de cura leva tempo. A dor da separação não significa que você tomou a decisão errada, mas sim que você está passando pelo luto de um ciclo que chegou ao fim.
A liberdade como conquista diária: A separação é apenas o começo de um novo caminho. Você merece uma vida onde se sinta segura, valorizada e feliz.
O medo de assustar os homens
Desde cedo, muitas mulheres aprendem que precisam ser "boas o suficiente" para serem amadas, mas não demais. Não podem ser muito inteligentes, muito independentes, muito bem-sucedidas, muito exigentes.
Mas a verdade é uma só: o homem certo não se assusta com a sua luz. Ele a admira. Ele não se sente ameaçado pelo seu crescimento, ele torce por ele.
Você não precisa de um homem para viver
Desde pequenas, somos ensinadas que um homem nos completa. O príncipe que salva, o marido provedor, o porto seguro. Essa narrativa nos molda para a busca incessante pelo "salvador", aquele que nos protegerá da vida. Mas e se essa busca for justamente o que nos aprisiona?
A felicidade não está em encontrar um homem para te "completar" – ela está em se conhecer, se respeitar e se sentir inteira por conta própria.
O que é ser mulher? Sabia que existe feminilidade tóxica?
A ideia de "feminilidade tóxica" pode soar estranha à primeira vista. Diferente da masculinidade tóxica, que se expressa em dominação, repressão emocional e violência, a feminilidade tóxica não é um poder opressor, mas um mecanismo de aprisionamento dentro do próprio sistema patriarcal.
Reconhecer a feminilidade tóxica é o primeiro passo para romper com ela. E romper com ela é um ato de sobrevivência. Porque ser mulher não deveria ser sinônimo de dor, de submissão ou de sacrifício. Ser mulher deveria ser, antes de tudo, ser livre.



