Cristiane Melo
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Artigo

Machismo e Misoginia

Reconheça as estruturas de opressão e fortaleça-se contra a violência de gênero.

15 min
Machismo e Misoginia

## O que significa ser homem? Como a masculinidade tóxica nos afeta?

Ser homem, agir como homem, falar como homem. Desde cedo, meninos aprendem que há um roteiro a seguir. "Homem não chora", "engole o choro", "seja forte", "não seja mole".

O resultado é uma masculinidade tóxica, rígida, frágil e violenta, que se defende daquilo que foi ensinado a evitar: o afeto, o contato íntimo, o reconhecimento das próprias emoções.

Repensar a masculinidade não é uma ameaça, mas uma libertação. Permitir-se sentir, chorar, demonstrar fragilidade não faz de ninguém menos homem.


O amor não apaga o machismo

Muitos acreditam que um homem pode ser profundamente machista e, ainda assim, amar sua parceira. Mas o que significa esse amor quando ele se manifesta através do controle, da invalidação e da falta de respeito?

Não existe amor sem respeito, sem escuta e sem empatia com os sentimentos da parceira.

Amar uma mulher não é apenas sentir afeto por ela, é reconhecê-la como igual, respeitar sua liberdade e abandonar comportamentos que a oprimem.


Olhar masculino involuntário: Como o padrão de objetificação afeta casamentos

Muitas mulheres já viveram a cena de estarem acompanhadas e perceberem o olhar do parceiro se desviando para outras mulheres. Para quem sente, a dor é real.

A verdadeira transformação acontece quando aprendemos a olhar de dentro para fora, com presença, respeito e humanidade.


Ele não é narcisista, é misógino

Vivemos em uma época em que o termo "narcisista" se tornou uma explicação fácil para relações abusivas. Mas e se o problema não fosse um transtorno de personalidade, e sim algo ainda mais comum e estrutural?

O transtorno de personalidade narcisista existe, mas é raro. Já a misoginia, por outro lado, está em toda parte e atravessa séculos de construção social.


Você não é uma pessoa difícil, ele que não sabe amar

O machismo não afeta apenas as mulheres. Os homens também sofrem as consequências dessa construção social, mas de uma maneira silenciosa.

Quando um homem se fecha emocionalmente, ele se torna incapaz de reconhecer a beleza e a profundidade dos sentimentos que envolvem o amor.

Você não é difícil de amar. O problema não está em você, mas em um sistema que distorce a visão de afeto.


No fundo ele é uma boa pessoa

Quantas vezes você já ouviu – ou disse para si mesma – que, no fundo, ele é uma boa pessoa? Essa frase é como um escudo emocional que tenta justificar o injustificável.

Amor não é sobre ver um lado bom escondido em alguém que constantemente te machuca.


Por que ele te traiu? A resposta está na forma como os homens são criados

A traição em relacionamentos é um fenômeno complexo que atravessa experiências individuais, mas também está profundamente enraizado em padrões sociais e culturais.

Desde cedo, homens e mulheres são socializados de formas distintas em relação ao amor, ao desejo e à fidelidade.


Vício em pornografia: Quando o consumo afeta a intimidade

O vício em pornografia é uma questão cada vez mais discutida, especialmente quando afeta relacionamentos afetivos.

A pornografia contribui para a violência contra a mulher ao naturalizar abusos sexuais e fetichizar situações de submissão e humilhação.


Estupro marital: Quando o casamento silencia o consentimento

O estupro marital e outras formas de abuso sexual dentro do casamento são realidades invisibilizadas por séculos devido a estruturas patriarcais.

É urgente romper o silêncio e reconhecer que o corpo feminino não é um território de concessão automática, mas um espaço soberano que merece respeito em qualquer relação.


Privação sexual no casamento: Quando a negação do desejo se torna violência

A privação sexual no casamento é uma questão pouco discutida, mas que carrega implicações profundas para quem a vivencia.

A privação sexual intencional no casamento não é um problema privado ou individual. É uma questão que reflete as dinâmicas de poder.


Quando a religião ensina a obedecer, não a se proteger

Em diversas culturas, as religiões desempenham um papel fundamental na formação de valores. No entanto, esse papel pode se tornar controverso quando as doutrinas religiosas são usadas para justificar práticas misóginas.

A mulher, em primeiro lugar, deve compreender que a violência nunca é aceitável, independentemente das justificativas apresentadas por qualquer doutrina religiosa.

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